quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Algumas postura perante as eleições

Nos últimos meses, como não poderia deixar de ser, em todas as igrejas católicas, grupos de oração, reuniões de pastorais e outros, o principal assunto discutido foi o da postura que a Santa Igreja deve adotar nesta eleição.
Infelizmente, percebemos mais uma vez que as divisões no seio de Esposa do Cordeiro ainda são muito grandes. Isto porque, mesmo na iminência da vitória de uma candidata pró-aborto como a ex-ministra Dilma Roussef, do Partido dos Trabalhadores, muitos católicos ainda se declaram à favor desta para o pleito presidencial. E o pior, a opinião destes tem sido fortalecida pelo pronunciamento de sacerdotes, que deveriam conhecer melhor o pensa nossa Igreja sobre a vida humana.
Porém, o mais surpreendente é ver que têm defendido essa candita não só aqueles sacerdotes que possuem uma postura mais progressista, afinados com a Teologia da Libertação, como também pessoas admiradas por nós da Renovação Carismática Católica. É só olhar para o que tem falado Gabriel Chalita (eleito deputado federal), Eto (espécie de administrador da Canção Nova) e outros.
Me assustou participar de uma missa no dia de ontem (12/10) e ver um padre que é confessor espiritual de lideranças da RCC em nossa Diocese pedir votos para Dilma abertamente, com frases do tipo: "No dia de Nossa Senhora Aparecida é importante termos consciência de que já chegou a hora de elegermos uma mulher para presidência". "Hoje o Brasil é muito melhor do que antes". O argumento dele, era o de que uma eleição não pode ser decidida apenas pela questão do aborto e sim por outros temas que são mais relevantes, como a educação, a saúde, a habitação etc.
Sempre me declarei contrário a José Serra, já que sou professor e conheço a nefasta atuação dele para o setor da educação enquanto governador de São Paulo.
Agora, precisamos ter consciência de que o tempo é de lutar pela vida. Se a vida não for privilegiada, de que adiante persarmos em outras dimensões necessárias para o desenvolvimento do país? Se a vida não for privilegiada de que adiantam boas escolas? Se a vida não for privilegiada, de que adianta levar luz para todos? Se a vida não for privilegiada, de que adianta a construção de estradas, pontes, viadutos?
Precisamos voltar a ler a Palavra e questionarmos: "Qual a missão que Jesus assumiu e que confia a nós?". Em Jo 10,10 Ele responde: "Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância". Eu podeira citar várias outras passagens, mas não é esta a intenção. A única coisa que deixo é o desabafo de quem se sente confuso com a postura daqueles que deveriam nos trazer luz.

Estevan Coca

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